A cura humana depende do diálogo com/sobre o mal
[Leitura] 2 Sam 15, 13-14. 30: 16, 5-13a; Mc 5, 1-20
[Meditação] No IV domingo do tempo comum, vimos como a Sabedoria de Deus presenta em Jesus repreende e manda calar o sofrimento daquele homem aprisionado por um espírito impuro. Nesta segunda-feira desta IV semana, o mesmo evangelista narra-nos um outro episódio em que é uma Legião de espíritos a aprisionar outro homem; e mesmo esta possessão não passa despercebida ao Filho de Deus que veio salvar a humanidade de todos os males.
Como se verifica no relato, a atitude de Jesus, diante dos males que assolam a humanidade, é a da autoridade mediada pela compreensão e o diálogo, precisamente, com o mal que atormenta a pessoa. Não é assim que fazem os médicos, tentando apurar as causas da dor dos seus pacientes? Como não haveria de ser assim com os que sofrem de males racionais e espirituais? Porque haverão os confessores e diretores espritiuais partir para o conselho sem escutar os reais problemas que oprimem as pessoas crentes?
Pois, a postura de Jesus é a da compreensão e não a rotulação do mal, para que a pessoa saia ilesa e não danificada pelo mal. O seu poder faz com que o mal “se prostre” diante d’Ele , que é Resposta terapêutica. Penso que também podemos ir até Jesus, uma vez que somos todos frágeis, não com respostas (frequentemente acríticas e rotuladoras), mas com perguntas, na tentativa de encontrarmos n’Ele a resposta que confere sentido ao nosso viver, com e apesar do sofrimento, de cujos maiores danos Ele nos quer salvar.
[Oração] Sal 3
[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo