É a sabedoria do Evangelho que nos ajuda a calar as falsas teorias!
[Leitura] Deut 18, 15-20; 1 Cor 7, 32-35; Mc 1, 21-28
[Meditação] Não é infrequente ouvirmos falar do descarte de pessoas por parte de instituições civis e religiosas, quando as mesmas pessoas não cumprem o requisito pressuposto por essas instituições, como se o mistério das pessoas e, até, o sucesso dessas instituições estivesse num conjunto inflexível de pré-requisitos. Assim funcionavam os escribas e vejam como foram postos à prova, na Sinagoga, diante da nova doutrina de Jesus.
A autoridade de Jesus não se impunha, mas atraía o coração dos simples que se admiravam com a sua nova doutrina, não porque não era séria, mas porque prometia melhor ajudar a conjugar o mistério do ser humano que as leis fechadas da autoridade judaica. É curioso que neste sábado 27 de janeiro celebrámos o 73º aniversário da libertação de Auschwitz com o intitulado Dia Internacional da Memória do Holocausto. A humanidade, mesmo conquistando o conhecimento com bravura, nem sempre o soube propor em favor da vocação universal da humanidade. E, como dizia Cícero, “Não basta conquistar a sabedoria, é preciso usá-la”.
Também hoje, diante das situações mais adversas que assolam a paz da humanidade, com tantos conhecimentos não fáceis de gerir, por vezes, apresentam-se ou vendem-se muitas formas de solução, nem sempre governadas pela sabedoria de alguém superior ao ser humano, como é a Sabedoria de Deus encarnada em Jesus Cristo. Refiro-me desfasamento entre a psiquiatria, psicologia, exorcismos, etc. e o relacionamento humano optimizado por uma luz que nos transcende, por si só capaz de melhorar qualquer terapia científica. Quem pode avaliar o poder de um sorriso? Quem pode ignorar o poder de um forte abraço?
Entre todas as soluções para os problemas que atingem a essencial felicidade do ser humano, é a Palavra de Deus em Jesus Cristo (suas palavras circunstancias e gestos oportunos) que perdura como autoridade eterna, acessível às pessoas de toda a história (através da transmissão fiel na pregação e na ação!). A Semana do Consagrado que na sexta-feira iniciou pode inspirar-nos a viver a pessoal vocação (seja ela o matrimónio, o sacerdócio, o diaconado permanente ou outro tipo de opção fundamental de vida e de serviço) como “exorcismo” do mal que não é nada mais nada menos que a preservação da “imagem e semelhança de Deus” em nós.
[Oração] Sal 94 (95)
[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo