Todos, em Igreja(s) para o Reino! Exorcizem-se os métodos e instituições!

Estamos a viver um tempo de velocidades extenuantes, em que tudo o que se faz já coloca o enfoque no términus da própria atividade, o que prova a autorreferencialidade pessoal e institucional do que vemos fazer. Sem querer generalizar, quase que se vive a atividade pelas atividade, sem processos de continuidade. No filme “Lucy” (Luc Besson, 2014), a aproximação entre a criatura e o eterno acontece na unidade tempo-espaço. O Papa Francisco propõe que, no caminho da Igreja para o Reino, o tempo é superior ao espaço, dada a importância da memória acima da experiência casual.

Daqui podemos tirar esta ilação: não é um “detrito de fé” presente numa experiência pessoal e grupal, num determinado tempo e espaço, que deve ditar a máxima do viver cristão ao encontro do seu horizonte. Quando muito, podemos ser convidados a mover-nos para a totalidade da unidade da Igreja que, hoje, está também em “periferia”, dada o acumular de muitas experiências sem reflexão por parte de pessoas e instituições autocentradas.

Há sempre um “perigo” na boa institucionalização dos moções do Espírito, não tendo a ver com Este divino amor, mas como humanamente os Seus dons são acolhidos: é o de se querer perpetuar ou apresentar como absoluto o que é perecível, enquanto que o que vem de Deus é absolutamente capaz de nos mover/cativar para o seu Ser infinito, por ser vocacionalmente surpreendente.

Falta muita coragem para a avaliação das estruturas, em favor da “salvação as almas”. Penso que é por aqui que o “daimon” pessoal e social trabalha, mais do que pela institucionalização meramente humanidade quem deve ou não ser exorcizado (refiro-me aos simples que temem a Deus  − e que por isso, não devem ter mais nada a temer − que andam a servir de cobaias no velho “tubo de ensaio” do exorcismo).

Igreja(s) de Jesus: move-te/movam-se… para o Reino!!  É a via luminosa do Ecumenismo a tua/vossa cura. Não se fique aquém da semana de oração pela unidade dos cristãos (que costuma ser em janeiro de cada ano) na aspiração do horizonte, nem se recuse o mais além do que se aspire. Como sugere a protagonista do filme sopracitado, o discipulado-missão exige o máximo das nossas capacidades e não só 10% do que o nosso pensamento pode atingir. Por isso, é necessário aliar uma fé firme em Deus e uma forte comunhão no seu amor para com todos.

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