[Leitura] Ap 11, 19a; 12, 1-6a. 10ab; 1 Cor 15, 20-27; Lc 1, 39-56

[Meditação] Na Judeia, era muito comum a saudação com uma expressão de paz, como “shalom” ou outra, com o mesmo significado de “oxalá”, que quer dizer: “Deus queira”. No encontro entre Maria e Isabel, a pressa de Maria não descuida uma saudação que nos faz ter a sensação de um mar imenso de paz que é vertido na pessoa visitada. Podemos imaginar Isabel, mulher idosa, em trabalhos de gravidez, na solidão de quem ainda não compreende bem como vai ser aquele nascimento. Ao ouvir a saudação de Maria que, para nós, é Palavra inspirada por Deus, Isabel vê confirmado o sentido do nascimento do seu filho que traz nas suas entranhas.

Se estivermos atentos, também aconteça assim, por vezes, nas nossas vidas: somos envolvidos por acontecimentos misteriosos dos quais não sabemos entender o seu significado; basta que alguém venha de pressa ter connosco também “grávido” da Paz que vem do alto e a sua visita transforma-se num anúncio que nos torna capazes de viver o mistério de Amor que nos bate à porta a precisar de nós. É a cultura do encontro a melhor força para não sucumbirmos às incertezas do futuro, nas esperanças que se partilham, e para sabermos melhor preparar-nos para os desafios que o anúncio promete.

A missão do Precursor tinha de receber algo desta Paz transmitida na saudação de Maria; e os três anos de vida pública do Mestre, trinta anos mais tarde, tinha de beneficiar do Amor com que Isabel acolheu Maria durante aqueles três meses! Saudemos mais, para transmitirmos Paz; acolhamos mais para recebermos Amor.

[Oração] A mesma que aqui: Com Jesus, toda a peregrinação é uma visitação

[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo

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