Unidade: futuro na oração de Jesus e presente na Igreja. Conflitos serão passado?

[Leitura] Act 22, 30: 23, 6-11; Jo 17, 20-26

[Meditação] Não é somente na sociedade que existem partidarismos e divisões; também nas comunidades existem, por vezes, discórdias que não são mais do que promotores da distração do essencial anúncio da Boa Nova. Exemplo disso é o julgamento de Paulo diante dos fariseus e saduceus. Estes representam um conflito de base que também existe nos indivíudos e nas instituições. Este “conflito de base” acontece no confronto de opostos. Veja-se: os fariseus acreditam na vida eterna e os saduceus não. No entanto, quer uns, quer outros não assumem como agradável a missão do Apóstolo, o que prova que os opostos só poderiam resolver-se numa terceira opção: a da missão de Paulo ao encontro do essencial. Nem, mesmo, bastou que Paulo tivesse dito que também era descendente do farisaísmo.

O essencial… podemos revê-lo na recente afirmação do teólogo Tómas Halík:

«Deus talvez esteja menos interessado em saber se acreditamos n’Ele do que se O amamos».

O que será, pois, mais urgente: responder à questão da vida eterna ou amar a Deus na missão de colaborar na salvação da humanidade? De facto, perde-se muito tempo na defesa da fé e muito pouco tempo na prática da fé que salva.

Urge, como tarefa fundamental da fé, a promoção da unidade, tendo unicamente como modelo a relação de Jesus com o Pai (não há outra igual!). Jesus, na sua oração sacerdotal que antecede a sua Paixão, Morte, Ressurreição, Ascensão e Envio do Espírito, reza pela unidade dos cristãos. Façamo-la como tarefa, uma vez que foi suplicada por Jesus e nos é dada como promessa. É necessário que não nos inscrevamos em partidarismos seja de que tipo for, mas que trabalhemos numa autotranscendência permanente ao encontro da síntese dos opostos (individuais e comunitários), onde a missão da Igreja é capaz de assegurar um bom porto.

[Oração] Sal 15 (16)

[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo

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