Não passa despercebido aos olhos dos leitores e estudiosos da Bíblia mais atentos que o cântico de Maria é uma atualização pessoal do cântico de Ana. Ambas fazem parte do trajeto do Povo de Deus que caminha pelo deserto da vida na esperança de chegar à pátria definitiva.
Ao chegar a casa de Isabel, Maria leva como que o “archote” definitivo dos “jogos olímpicos” em que todos são convidados a ser vencedores, acolhendo a Luz de que se quer revelar a todos os povos e nações.
Ao Povo que “habita” o tempo do Novo Testamento é pedido que acolha esta Luz e se deixe iluminar por ela, de modo a viver ao estilo do Filho Unigénito de Deus que nasceu do seio da Virgem Maria.
Como a sua natureza própria obriga, esta Luz tem de ser partilhada, porque, se verdadeiramente acolhida, não cabe em quem a acolhe e transporta, teimando em verter-se na vida dos que, por natureza social do ser humano, estão ao seu lado.