O Natal diz-nos que só a caridade poderá esclarecer o culto que se celebra
[Leitura] Miq 5, 1-4a; Hebr 10, 5-10; Lc 1, 39-45
[Meditação] A teologia do 4º Domingo do Advento é como que o transbordar de alegria provocada pela Luz interior “acesa” pela Palavra de Deus e alimentada pela realização da Sua vontade. Quem já visitou a Basílica da Natividade (não como eu, que só a imaginei a partir do Google) teve de se baixar para lá entrar. Esta é uma metáfora do novo culto que Jesus veio inspirar, abolindo o primeiro culto feito de holocaustos e sacrifícios, enquadrando a celebração ritual no sulco que é a coerência de vida.
A verdadeira manifestação de Jesus não acontece meramente dentro de uma Igreja onde se celebrem belos ritos cristãos, mas na rua, entre os escombros da dúvida e do desespero reclamam por esta Luz do Amor divino. Para uma boa definição da missão da Igreja, na pequena Belém temos “o quê” – “casa do pão” e na casa de Isabel temos “o para quê”: a partilha de algo não só espiritual, mas também material que concretize a salvação numa situação de dificuldade humana.
Como Maria, a primeira missionária, os cristãos querem trazemos Deus dentro, confiamos n’Ele e disponobilizando-se a partilhar as suas graças. Para que a nossa vida seja uma grande manifestação do amor de Deus, teremos que, como Ela, fazermo-nos pequenos diante de Deus. Como acontece com a Páscoa, em que a Morte e a Ressurreição/Efusão do Espírito Santo (Pentecostes) são duas faces da mesma “moeda”, também, dentro do Mistério do Nascimento de Jesus, a Anunciação e a Visitação são duas expressões da mesma realidade que é o Amor de Deus em ato, com a generosa colaboração humana, de que Maria é primícia. Aprendamos com Ela a responder à urgência missionária!
[Oração] Sal 79 (80)
[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo