São Lucas: permanecer fiel para estar/ir em missão
[Leitura] 2 Tim 4, 9-17b; Lc 10, 1-9
[Meditação] Escreveu-nos o Papa Francisco, na sua Mensagem para o Dia Mundial das Missões (21 out. 20118):
A Igreja, ao anunciar aquilo que gratuitamente recebeu (cf. Mt 10, 8; At 3, 6), pode partilhar convosco, queridos jovens, o caminho e a verdade que conduzem ao sentido do viver nesta terra. Jesus Cristo, morto e ressuscitado por nós, oferece-Se à nossa liberdade e desafia-a a procurar, descobrir e anunciar este sentido verdadeiro e pleno. Queridos jovens, não tenhais medo de Cristo e da sua Igreja! Neles, está o tesouro que enche a vida de alegria. Digo-vos isto por experiência: graças à fé, encontrei o fundamento dos meus sonhos e a força para os realizar. Vi muitos sofrimentos, muita pobreza desfigurar o rosto de tantos irmãos e irmãs. E todavia, para quem está com Jesus, o mal é um desafio a amar cada vez mais. Muitos homens e mulheres, muitos jovens entregaram-se generosamente, às vezes até ao martírio, por amor do Evangelho ao serviço dos irmãos. A partir da cruz de Jesus, aprendemos a lógica divina da oferta de nós mesmos (cf. 1 Cor 1, 17-25) como anúncio do Evangelho para a vida do mundo (cf. Jo 3, 16). Ser inflamados pelo amor de Cristo consome quem arde e faz crescer, ilumina e aquece a quem se ama (cf. 2 Cor 5, 14). Na escola dos santos, que nos abrem para os vastos horizontes de Deus, convido-vos a perguntar a vós mesmos em cada circunstância: «Que faria Cristo no meu lugar?»
Pois, tanto o Sumo Pontífice como Paulo relatava no texto proclamado hoje da sua Carta aos Gálatas, nos ajudam a ver como também os evangelizadores de hoje, por vezes, se sentem sozinhos e abandonados. Mas esta solidão e abandono não são razão para desistências, mas “lugar” para oportunidades. Estas implicam, porém, a capacidade para aprender a “gerir” estes momentos com o que de mais importante o apóstolo tem para (sobre)viver: a fidelidade ao Evangelho de Jesus Cristo. É desta fidelidade que todos os verdadeiros discípulos partem para a missão.
Também hoje o Papa e os Bispos partem da fidelidade a Jesus (e não meramente das suas terras de proveniência física). E é essa fidelidade à Verdade que, por vezes, os faz sentir sozinhos e abandonados por aqueles que pensam que a Igreja é meramente uma instituição terrena. De perto e ao longe, os Bispos vão afirmando a sua união com o Papa, como aconteceu com a Carta ao Papa Francisco. Porque não fazerem o mesmo os paroquianos ao seu pároco, os filhos aos seus pais, os catequizandos ao seu catequista, etc.? Porque, por vezes, a Verdade que alguém transporta na sua debilidade fica encarcerada na prisão do preconceito de muitos. Precisa de ser liberta com a solidariedade dos fiéis, ainda que de poucos!
[Oração] Sal 144
[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo