Jesus é o “mostrador” da bondade infinita do Pai no “tic-tac” frenético da vida

[Leitura] Co 3, 1-11; Lc 9, 18-22

[Meditação] Ao escutarmos a leitura do Eclesiastes, temos a impressão de estarmos a ouvir o pêndulo de um grande relógio de sala, com a descrição do suceder das circunstâncias do tempo que nos é dado viver nesta terra: “Tem…..po. Tem……po. Tem…..po. …” (Parece, ou não, o bater do martelo no sino?!) Esta descrição sábia, mesmo sendo rica nos pormenores do que parece ser uma variedade das experiências que compõem os anos que nos é dado viver, não deixa de nos suspender diante da infinito poder criador de Deus, sem o qual nos sentimos remetidos como que a um labirinto temporal.

Na sua incarnação, o “Messias de Deus” veio ser como que o “mostrador” do Pai. Imagino que foi assim que Pedro O viu, no pêndulo das (falsas) esperanças em que os seus contemporâneos buscavam ver o messias. Por isso, seguir Jesus e transmiti-lo na missão da Igreja, poderá ser a experiência de sair do mero “tic-tac” voraz para o qual nos remete um mero ativismo temporal, para uma nova experiência em que o céu se abre a partir do dom que fazemos das nossas vidas, quando aceitamos viver como Jesus viveu, numa versão completa do tempo que antecipa e integra, desde já, a eternidade.

[Oração] Sal 143 (144)

[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo

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