Alguma perplexidade é-nos útil para procurarmos a novidade de Jesus
[Leitura] Co 1, 2-11; Ev Lc 9, 7-9
[Meditação] Não eram só Pedro e os outros discípulos que tinham “provas” de que Jesus era o Messias de Deus, pelas coisas que presenciavam nEle. Pela negativa, também Herodes tinha provas de que Ele não era João Batista, a quem tinha mandado decapitar. Este Tetrarca vivia uma perplexidade que poderia ser muito útil aos atuais cristãos, ainda que não partam (de todo) do seu estado de vida dissoluta.
Na Igreja há o que podemos chamar de “santa perplexidade”, quando constatamos que, apesar de há dois mil anos Jesus ter vindo à terra e, depois de muitas mudanças epocais e até de era, ainda há vícios entre os cristãos que era suposto serem atribuídos a pagãos. Como diz o autor do Eclesiastes, parece que nenhuma memória ficou dos tempos antigos. Até os cristãos católicos da Idade Média parecem pensar que a única inspiração para a renovação da Igreja tem de regressar a essa média idade!
Tenho perplexidade em pensar que se Jesus nascesse e vivesse hoje teria de nascer, não entre os paninhos de uma casa pobre, mas nuns lençóis adamascados de uma casa nobre; e viver, não no caminho que leva ao encontro dos pobres, mas num palácio de governador. Haja inquietação, para que as almas dos cristãos não empederneça na figura daqueles que dificultaram a vida e missão de Jesus. Somos a ser, como S. Vicente de Paulo, ícones de Jesus e não caricaturas de uma tentativa de ser.
[Oração] Sal 89 (90)
[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo