Jesus disse que a porta do Reino era estreita, não estreitíssima!

[Leitura] Deut 4, 1-2. 6-8; Tg 1, 17-18. 21b-22. 27; Mc 7, 1-8. 14-15. 21-23

[Meditação] Numa certa ocasião em que estava a ensaiar com uma orquestra, o maestro António Vitorino de Almeida, a certo ponto do andamento musical, pede que os instrumentistas toquem com a intensidade de forte. Estes tocam forte de mais e ele volta a sugerir: eu pedi forte! E eles, como que exagerando na intensidade, vão tocando cada vez mais forte. Ele manda parar o andamento e reforça o pedido: o que eu pedi foi forte, não fortíssimo!

Neste domingo XXII do tempo comum, o Mestre (qual maestro desta “orquestra” que é a vida cristã!) sugere algo diametralmente oposto: quando nos informa que a porta do Reino de Deus é estreita, não está a dizer que é estreitíssima (cf. Mt 7, 13-14), como os fariseus e escribas teimavam a defender com o legalismo hipócrita.

Talvez seja isso que o Papa Francisco queira dizer com a expressão “classe média de santidade”, sugerindo-se ao que aspira à santidade que não acrescente nada nem suprima nada ao Mandamento de Deus traduzido por Jesus. Não se entra no Reino sem a santidade, nem tão pouco com uma presumida super-santidade. Porque é Deus que nos faz santos!

[Oração] Sal 14 (15)

[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo

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