A esperança dos jovens cristãos é a mesma que a dos seus avós
[Leitura] Ez 34, 1-11; Mt 20, 1-16a
[Meditação] O Papa Francisco enviou uma mensagem aos participantes do 9.º Encontro Mundial das Famílias, com os quais se vai encontrar no próximo fim-de-semana na Irlanda. Nesta mensagem sublinha a importância da relação entre o futuro dos jovens e as raízes que são os seus avós, imprescindíveis na preparação que acontece no presente. Por isso, a família é apresentada como o «lugar essencial» para acontecer a educação para os valores cristãos.
Hoje a Igreja é convidada a celebrar a memória obrigatória da Virgem Santa Maria, Rainha, na sequência do Ano Mariano de 1954, em que se celebrou o centenário da proclamação dogma da sua Imaculada Conceição, pelo Papa Pio XII. Recorro ao papel de Maria para entender a leitura corrente da Sagrada Escritura (em vez das leituras da memória):
Como Rainha, Maria não “reinou” sozinha, mas, no seu «Magnificat», evoca as maravilhas que o Senhor fez em todos os seus antepassados, de forma que a glória que Deus manifestou neles não lhes era exclusiva. Assim como a mesma glória não se esgota em Maria, mas, através do seu Sim, expande-se para todos os filhos de Deus, com a incarnação (morte) e glorificação (ressurreição) do Seu Verbo. É assim que posso entender, à luz desta memória e da relação entre os netos e os avós o Evangelho de hoje, resolvendo o debate entre os trabalhadores da primeira hora e os da segunda, todos convidados para a mesma vinha do Senhor.
O que vai acontecer no próximo mês de outubro de 2018, com o Sínodo dos Bispos sobre «Os jovens, a fé e o discernimento vocacional», demonstra a atitude da Igreja como Aquela Mãe sábia, que não se esquece dos jovens, não deixando também de assistir os mais idosos. Isto dá-nos para pensar na Família, cujos desafios são enormes, chamada a não largar uns em benefício dos outros, mas abraçando-os na mesma aventura da esperança cristã.
[Oração] Sal 22 (23)
[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo