Na lógica do Espírito Santo, separar não é diminuir, mas multiplicar
[Leitura] Act 11, 21b-26; 13, 1-3; Mt 10, 7-13
[Meditação] Uma das coisas que aparece clara no discurso de Jesus é que a Paz de Deus é o maior dom que se pode receber e partilhar, de tal maneira sublime que não se pode desperdiçar, quer dizer não gastá-lo sem critério, muito menos com quem não o pede, aguarda ou não o valoriza. O envio dos apóstolos é, por isso, uma grande garantia da proximidade do Reino de Deus, uma vez que a mensagem que transportam é precisamente a da Paz.
O programa que instaura a Paz de Deus é, no seguimento da Morte e Ressurreição de Jesus, o do Pentecostes em que lança os seus discípulos na missão de proclamar o Reino. Para isso, é preciso que saiam em todas as direções, como se intui no convite atribuído ao Espírito Santo: «Separai Barnabé e Saulo para o trabalho a que os chamei».
Nas nossas comunidades, não nos deve escandalizar ou meter pena, por isso, o aumento daqueles que se dispersa depois da educação/iniciação cristã, após a imposição das mãos no Crisma, enquanto os mais velhos se sedentarizam na mesma vivência da fé. De qualquer forma, os mais novos estão a obedecer a Deus quando os convida a deixar a sua terra, casa, pai e mãe… O que podemos fazer é, de alguma maneira, estar dispostos a acompanhar o seu percurso de vida até à maturidade da opção fundamental da vocação. Acontece no anúncio do Reino como na partilha da Luz da noite santa da Ressurreição do Senhor: a luz repartida não dimimui o seu esplendor, mas multiplica-se a todos os que transportarem uma coluna de cera!
O pedaço de filme que coletei ontem da TV, mostra-nos como que por sementes do Verbo semeadas em culturas ancestrais, aquilo em que somos chamados a pôr a nossa confiança.
[Oração] Sal 97 (98)
[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo