Pentecostes: do «Deus connosco», pelo «Deus em nós» ao «Deus para todos»
[Leitura] Act 2, 1-11; Sal 103 (104); 1 Cor 12, 3b-7. 12-13 / Gal 5, 16-25; Jo 20, 19-23
[Meditação] Com a Ascensão de Jesus ao Céu e o envio do Espírito Santo, os discípulos de Jesus começaram a viver uma nova etapa da história, em que da presença visível de Jesus Cristo se dá lugar à ação invisível do Espírito Santo. Podemos, por isso, afirmar que os Atos dos Apóstolos é o «Evangelho do Espírito Santo», uma vez que o mesmo descreve a Sua ação inspiradora nos discípulos que proclamam as palavras e imitam os gestos de Jesus Cristo.
Os textos do Pentecostes podem ajudar-nos a enumerar três aspetos pelos quais acolhemos o «Deus em nós» no Espírito Santo que Jesus “soprou” sobre os seus discípulos e que a Igreja continua a acolher pelos Sacramentos da Iniciação Cristã:
1º – Uma linguagem esclarecida e esclarecedora sempre apoiada na Palavra e traduzida para ser compreendida por todos. Jamais, na Igreja, podemos andar a dizer coisas que, em vez de nos levar a sair para fora e ser compreendidos por todos, nos entretêm dentro com caricaturas de linguagem que só anestesiam quem a inventa inutilmente.
2º – Estratégias pastorais unânimes que confirmem quer a Palavra do Senhor, quer a identidade de uma Igreja a quem Ele deixou uma missão concreta de cooperar com a sua salvação, destinada a todos os povos.
3º – Uma abertura de coração universal e inclusiva que deixe passar o “sopro” consolador e misericordioso de Deus à vida da humanidade caída, para que se restaure nela a “imagem e semelhança de Deus”.
[Oração] Rezar a Sequência o Pentecostes:
Vinde, ó santo Espírito,
vinde, Amor ardente,
acendei na terra
vossa luz fulgente.
Vinde, Pai dos pobres:
na dor e aflições,
vinde encher de gozo
nossos corações.
Benfeitor supremo
em todo o momento,
habitando em nós
sois o nosso alento.
Descanso na luta
e na paz encanto,
no calor sois brisa,
conforto no pranto.
Luz de santidade,
que no Céu ardeis,
abrasai as almas
dos vossos fiéis.
Sem a vossa força
e favor clemente,
nada há no homem
que seja inocente.
Lavai nossas manchas,
a aridez regai,
sarai os enfermos
e a todos salvai.
Abrandai durezas
para os caminhantes,
animai os tristes,
guiai os errantes.
Vossos sete dons
concedei à alma
do que em Vós confia:
Virtude na vida,
amparo na morte,
no Céu alegria.
[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo