Para um bom cristão, a Palavra inteira é precisa!
[Leitura] Gen 22, 1-2. 9a. 10-13. 15-18; Rom 8, 31b-34; Mc 9, 2-10
[Meditação] Para defender a necessidade do senso comum em determinado assunto importante, o povo costuma dizer que «para um bom entendedor, meia palavra basta». E, quanto a isto, tem razão! No entanto, quando se trata da vida eterna para a qual é necessário dar saltos de qualidade (e não só de quantidade), o senso comum não basta: é preciso a Palavra de Deus que é Jesus, inteiro!
No cimo do monte da transfiguração aparecem Moisés e Elias, para Marcos sublinhar que Jesus é maior que a Lei e os Profetas. No final da cena desaparecem, ficando só Jesus, sublinhando-nos que é Ele de que precisamos, sem pôr nem tirar, para a nossa salvação. Jesus é o novo Moisés e o último dos Profetas. Ainda mais: Ele é o novo Isaac a quem Deus Pai não poupou a vida terrena para nos possibilitar a entrada na vida eterna. Por isso, é o Filho muito amado que somos convidados a escutar.
A teologia deste II domingo da Quaresma é um convite a não cedermos à tentação de vivermos a vida cristã a pensar que Deus quer que façamos sacrifícios inúteis, provando uma obediência (in)condicional, mas desde que Ele nos dê uma melhor vida terrena… Ele não quer a morte dos seus filhos (como não quis a morte de Isaac), mas que vivam através da oferta das suas vidas em favor de muitos. Os verdadeiros sacrifícios são os do coração, muitas vezes lento em amar (isso sim) incondicionalmente.
[Oração] Sal 115 (116)
[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo