É uma grande graça dar o corpo à Palavra de Deus!
[Leitura] Is 7, 10-14; Lc 1, 26-38
[Meditação] Por vezes, somos levados por um certo escrúpulo a calar a necessidade de que Deus Se nos revele no tempo presente, como se o Mistério do seu amor infinito estivesse meramente compaginado com a repetição de ritos litúrgicos ou como se a Liturgia celebrasse meramente factos históricos passados. Paira a insensibilidade diante da atual (in)capacidade de perceção dos bens prometidos que somos convidados a esperar. Também se verifica a massificação do anúncio do cumprimento das promessas de Deus, como se todos tivéssemos de auferir dos mesmos dependendo das capacidades ou dotes de cada um dos seres humanos.
Ora, no Natal, o Deus Menino nasceu para todos! Sem dúvidas! No entanto, verificar essa Presença de forma personalizada implica que cada um de nós Lhe faça o pedido: ilumina-me para que eu Te veja a (re)nascer em mim, uma vez que Te apresentas nas formas mais surpreendentes (cf. Mt 25). É assim que podemos compreender indicação da parte de Deus a Acaz, de que Lhe peça um sinal.
Penso que diante Deus nunca seremos inoportunos, se Lhe pedirmos um sinal que nos ajude a celebrar e a responder aos sinais fundamentais já dados, através de uma Transmissão que se purifica e se renova. É melhor assim do que “molestar” Deus nos irmãos através de propostas tradicionalistas, porque fundamentadas em sinais de “segunda mão”. Maria declarou-se escrava segundo a original Palavra!
[Oração] Sal 23 (24)
[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo