A irrepreensibilidade faz da morte esta face honrada da vida
[Leitura] 1 Tim 3, 1-13; Lc 7, 11-17
[Meditação] O dicionário define irrepreensibilidade como “qualidade do que não dá margem a repreensão, crítica ou censura” e qualifica aquele que é irrepreensível como aquele ou aquela “em que não há que repreender”. Portanto, sendo um “adjetivo de 2 géneros”, é qualidade de homem ou mulher.
A definição da irrepreensibilidade dos que exercem cargos públicos ou de responsabilidade na Igreja proposta pelo Apóstolo Paulo contrasta com a que, hoje mesmo, vi exercida no Parlamento Português sobre as propostas à volta da identidade de género. Na realidade, propõe-se que as crianças vivam 16 anos sem uma definição de identidade de género, o que basicamente impede os seus progenitores de ter um posicionamento pedagógico proativo. Não será que a sobriedade que São Paulo sugeriu para os Bispos, Presbíteros e Diáconos não deixa de ser importante para os que exercem a missão nobre de educar os mais novos?
Das cidades, como a de Naim, parecem sair, hoje, cortejos de morte que mantêm os jovens sepultados em “caixões” de ideologias sem sentido. A aproximação de Jesus inverte esta direção: toca no caixão e ordena ao jovem que se levante, devolvendo-o à sua mãe. Está aqui um procedimento divino a sugerir uma direção contrária: o da vida como projeto que está muito aquém e além de ser compreendido totalmente pelo ser humano, mas que é possível acolher e viver com a sabedoria partilhada por Quem nos criou. Deus sem o Homem não nos poderia salvar; a humanidade sem Deus perder-se-á em experiências que só degeneram a sua condição, cuja definição de identidade nunca poderá dispensar a sua originária dignidade.
Ainda se irá perguntar um dia o que terá marcado mais os seres humanos que estão no Parlamento: se a relação humana de seus pais e/ou educadores que os faz ser o que são ou se as ideologias que as políticas atuais tentam “vender”.
[Oração] Sal 100 (101)
[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo