E se as ações de graças fossem todas boas ações?!

[Leitura] Col 2, 6-15; Lc 6, 12-19

[Meditação] O Evangelho mostra-nos que a vida terrena de Jesus foi um “pêndulo” entre a oração ao Pai no monte e a caridade pastoral na planície. E se Sua noite era habitada por uma relação de intimidade com o Pai, o dia era ocupada por uma missão partilhada com os Apóstolos em favor da multidão.

Quem dera que a vida dos cristãos tendesse a ser este “pêndulo” entre a Liturgia Celebrativa e a Liturgia da Vida, deixando aquela de ser mero cumprimento de ritos autocompensatórios e passando a ser a vida um conjunto de boas ações permeados por uma mais autêntica relação com Deus.

Na verdade, o Sacrifício que verdadeiramente salva foi feito por um só – o Filho de Deus vivo na Cruz. Vestir a camisola do Batismo será mais o revestimento de gestos que correspondam aos sentimentos do Filho que obedeceu ao Pai para nos salvar. Por que será que dificilmente nos chegaremos a libertar do consumismo da quantidade (mesmo de coisas santas) em detrimento da qualidade (da relação com Deus e com os outros)? A salvação de Deus é “graça gratuita”, como cantou S. João da Cruz; por que não terá de ser o Batismo, também, um empenho de (gratuita) resposta ao Amor?! Se a graça de Deus é uma “cara graça” como confessou o teólogo alemão Dietrich Bonhoeffer, por que nos fazemos caros na hora de praticar a caridade?

[Oração] Sal 144 (145)

[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo

%d bloggers gostam disto: