O testemunho que prevalece e convence é o dos que não resistem à graça de Deus
[Leitura] Jos 24, 14-29; Mt 19, 13-15
[Meditação] O «politicamente correto», frequentemente, inibe uma relação verdadeira com Deus e com os outros, pois inibe o que há de mais natural em nós. Dentro e fora da Liturgia, a falta de naturalidade (que não quer dizer falta de cortesia) impede que se comunique verdadeiramente a graça divina às nossas sedes de infinito. As mães precisavam que Jesus impusesse as mãos às criancinhas, que incómodo faria isso?! É evangélico − graças a Deus e não ao protocolo pontifício − que o Papa, por vezes, saia fora do plano de segurança para olhar nos olhos, abençoar, beijar, etc. Deveríamos fazer mais isto, com o benefício de qualificarmos os ritos, que sem a atenção das pessoas de pouco nos valem, senão para o descargo de consciência de fazer (quase) tudo bem feito.
No seu verdadeiro significado, os Sacramentos são o Encontro de Jesus com os crentes, através da Palavra e Gesto divinos que vão de encontro às necessidades da pessoa e da comunidade. Quando se tende a esconder a incapacidade para o encontro por detrás de palavras e gestos, está a resistir à graça de Deus que, por natureza, é gratuidade que cativa e gera encontro.
Josué e a sua família deram um testemunho fantástico diante do Povo, próprio de quem não resiste à graça da pertença ao Deus verdadeiro. E este testemunho não só prevalece, mas também convence os outros a aderir à mesma graça. Precisamos de ser pequeninos, para não oferecermos grande resistência à graça que convence por si mesma, porque tem consistência em si própria, pelo poder de Deus. Por isso, também não devemos camuflar muito os ritos sacramentais com elementos não essenciais. Corremos o risco de afastar de Deus, ainda que aproximemos simpaticamente de quem orienta os ritos. Representar Jesus é permanecer ainda que não convençamos à primeira (isto vale para padres, catequistas, etc.)!!
[Oração] Sal 15 (16)
[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo