Comunhão eclesial: utopia ou esperança viva!?
[Leitura] Act 2, 42-47; 1 Pedro 1, 3-9; Jo 20, 19-31
[Meditação] Como é que, hoje, os que não acreditam em Jesus ou os que teimam em ver só por sinais podem fazer a experiência do Ressuscitado? A resposta mais evidente seria: aproximando-se e estando no encontro comunitário. No entanto, ressalta, por vezes, à vista a falta de comunhão entre aqueles que herdaram os dons de Jesus. Como fazer, então, para O ver apesar desta falta de comunhão? Alguém dizia que sem a comunhão na missão da Igreja é difícil perceber-se que as ações pastorais sejam de Jesus Cristo.
Sim, o caminho da comunhão pastoral é o mais prioritário de todos. Parece ser uma utopia porque deixámos cair o termo em desuso e é preciso voltar a redefini-lo dentro dos condicionamentos atuais (segundo o mesmo método usado por Tomás Halík para o tema do amor). Será uma esperança viva se não lha escondermos as chagas, mas, como Jesus, as mostrarmos aos que contemplam a comunidade de fora. Não há comunhão expressiva sem o esforço que os crentes fazem para a manterem acesa apesar das divergências. Não há comunhão glamorosa, mas clamorosa!
É assim que a comunhão será esperança viva, repito: sendo construção de pontes entre a plural forma de seguir Jesus, convidando a participar na mesma missão da Igreja que Ele fundou. Entre os discípulos, ou há comunhão, ou não há missão. Poderíamos acrescentar, assim, mais uma palavra à expressão tão querida do Papa Francisco, ainda que se devesse subentender: discípulos-(em)comunhão-missionários!
[Oração] Sal 117 (118)
[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo