Jesus não é uma Escritura, mas uma Palavra Viva testemunhada pelas obras do Pai

[Leitura] Ex 32, 7-14; Jo 5, 31-47

[Meditação] É muito natural que fora da relação com as três pessoas da Santíssima Trindade nos sintamos perdidos, porque enviados como emissários de Anás para Caifás… Quantas vezes fazemos coisas só por… razões humanas. Devemos fazê-lo porque somos cidadãos. No entanto, a dignidade do ser humano está assente no alicerce que é o facto de ser criado à imagem e semelhança de Deus, chamado livremente a responder-lhe com a reciprocidade que gera a comunhão.

Por isso, Jesus nunca se apresentou como Escritura. Os escribas sim, quase se confundiam com a letra com que defendiam as suas instituições. Pelo contrário, Jesus quis sempre defender as pessoas. Como tal, apresentou-se como uma das Pessoas da sua Família Divina: um Ser em relação com outros, num círculo aberto a convidar para a relação a humanidade inteira.

São as obras inspiradas pela vontade de Deus que nos dão testemunho de Jesus Ressuscitado. Por isso, na vida pessoal e na pastoral da Igreja em que se colabora com algum ministério ou serviço, terá de haver um constante discernimento sobre essa vontade divina, para não corrermos o risco de ser portadores de uma escritura morta, porque obriga, mas não faz viver para o Reino. Onde a comunhão cristã é expressiva, está o Ressuscitado; onde ela não é unânime quanto à Palavra viva que Jesus nos deixou, então o Espírito de Jesus não está lá. Urge a leitura dos Atos dos Apóstolos, que a diocese está a disponibilizar em grande escala na Casa Episcopal, para a formação dos cristãos das várias paróquias e grupos ou movimentos.

[Oração] Sal 105 (106)

[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo

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