Jesus e seu plano de reabilitação suburbana
[Leitura] Hebr 3, 7-14; Mc 1, 40-45
[Meditação] A dureza de coração dos judeus não foi somente causa do libelo de repúdio entre o homem e a mulher (divórcio), permitido por Moisés, mas também a segregação dos gravemente doentes pela da lepra, através do falso diagnóstico (o pecado) que lhe era descriteriosamente atribuído. A maior “lepra” é dos que não querem ver a salvação que já está no meio deles. É o pecado, a doença mais grave, a exigir, preferencialmente, o reconhecimento do poder de Jesus por parte dos sacerdotes, para que estes ousem atualizar a Lei.
Está claro que, ao realizar os milagres da cura, Jesus não busca nenhum tipo de fama, mas o reconhecimento eufórico do seu poder por parte de outros atira-O para fora da cidade, levando-O às periferias para realizar o seu programa que se pode chamar de “reabilitação suburbana”. A advertência de Jesus atira a atenção não tanto para o seu poder de curar, quanto para a cura que é sinal de que a salvação está próxima: é Jesus que, com a sua proximidade, vai ao encontro dos que são marginalizados por uma falsa interpretação da Lei.
Jamais, «enquanto o tempo que se chama “hoje”», se pode marginalizar alguém por causa seja de tipo de “lepra” for. Antes, devem-se encontrar todos os meios para que os que sofrem todo o tipo de males − sejam eles do foro físico, psíquico ou espiritual − sintam a proximidade. Tenho a certeza de que onde houver subúrbios onde se vive desumanamente, as cidades circundadas por eles também sofrem de males correspondente e proporcionalmente graves. Também está declarado pelas humanas que toda a instituição que ponha o seu desenvolvimento à frente do cuidado para com as pessoas está condenada ao fracasso.
[Oração] Sal 94 (95)
[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo