Deus habita entre os acreditam e os que procuram

[Leitura] 1 Jo 3, 7-10; Jo 1, 35-42

[Meditação] A prisão de João Batista – depois do Batismo de Jesus no Jordão e tode aquele interrogatório sobre a verdade da sua missão de Precursor que lhe haveria de dar força para dar testemunho da verdade até ao fim – marcou uma nova etapa a vida de Jesus. Deve ter sido um dos episódios a contribuir para que o Espírito que recebeu no Jordão O levasse para o deserto naqueles “40 dias”. Após este “retiro”, eis que Jesus muda de residência: foi habitar para Cafarnaum, na Galileia. E foi ali que começou a sua atividade de pregador. Uns acreditavam n’Ele, outros procuravam-n’O.

O Batismo de Jesus, na água e no Espírito, serviu de “ponte” para passar àquela margem que Lhe prmitiu viver segundo um outro estilo de vida, próprio de quem tem de viver sem as mesmas referências (como o seu primo João seria para Ele) e de quem muda de casa (deixando a Sua Mãe entregue aos primos).

Esta forma de pensar é uma ousadia, pois muitos, senão a maior parte, dos católicos (os mais tradicionalistas, no sentido pejorativo do termo), são capazes de pensar que Jesus está somente no meio dos que acreditam, fechado num sacrário, com medo de transpor o adro da igreja, ou membro de um conjunto fechado de amigos como se a Igreja fosse um clube. Como refere o Pe. José M. Pagola, Jesus veio abrir um caminho totalmente novo~, que se trilha, como disse o próprio Jesus, em espírito e verdade. E a mim parece-me  que este caminho é, para nós hoje, o Novo Jordão, com duas margens, como diria o P. Tomás Halík: os qu habitam e dos que procuram. Para que uns e outros se encontrem, são, ambos, chamados a caminhar em direção a Jesus Cristo, iluminados pelo mesmo Espírito que procede do Pai.

[Oração] Sal 97 (98)

[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo

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