Para salvar a vida humana, Deus tanto preserva como altera o seu seio

[Leitura] Is 7, 10-14; Lc 1, 26-38

[Meditação]No seu projeto de salvar a humanidade, damos conta, pela Palavra, que Deus tanto preserva como altera as leis da natureza física. Em Maria, cumpre a profecia «a virgem conceberá» e, em Isabel, faz o mal da esterilidade regredir ao seu estado de fertilidade em função de uma vida nova.

Ora, conservação e inovação são, também, duas funções importantes que nos permitem ligarmo-nos a Deus, através daaquilo a que chamamos religião. (cf. ALFREDO TEIXEIRA, Um mapa para pensar a religião). Estas duas funções de ligação com a Fonte da vida são irrenunciavelmente interdependentes. 

Da Liturgia de hoje deriva, por isso, a exortação a construirmos uma celebração do Natal que não seja mera organização da repetição de tradições, mas sobretudo um enraizamento na realidade onde emergem os mais urgentes problemas para, desde aí, invocarmos a força inovadora de Deus.

Inquietação grave: no seio desta Europa estéril, como repensar a religião, sem que se minimize ou engrandeça uma só das suas funções, mas se encontre o equolíbros próprio do nível de desenvolvimento consequente à “graça da memória” que herdou da história, em vista a serem dados passos seguros na humanização, um projeto sempre inacabado?

[Oração] Sal 23 (24)

[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo

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