O Reino de Deus é um Verão que se avizinha

[Leitura] Ap 20, 1-4. 11 – 21, 2; Lc 21, 29-33

[Meditação] Erguer e libertar a cabeça para acolher a libertação que está próxima começa por ser o convite a uma disposição para a contemplação dos sinais que Jesus nos aponta na natureza: os rebentos da figueira são como o anúncio de uma vida nova que está para despontar na estação que se avizinha, não obstante o “inverno” que se sofre com alguns acontecimentos da história.

A linguagem apocalíptica não sofre de circularidade fechada, mas constitui-se como uma espiral progressiva, ajudando-nos a orientar a atenção para o desenlace essencial que terá de acontecer na vida pessoal e comunitária. Quem tiver bem abertos os olhos sobre a realidade social e a olhar através da lente joanina, vai reparar com surpresa (ou não) que as duas leituras não se afastam uma da outra. Não é porque exista uma espécie de “déjà vu”, mas a história é cíclica e os elementos da luta essencial para a sua resolução final mantêm-se sempre os mesmos: as forças do bem e as forças do mal.

No percurso de Advento cabe a cada um fazer uma releitura da sua vida no sentido de não a deixar ficar parada nos “clichês” que o mundo impõe para nos manipular a felicidade, isso sim, a um “déjà vu” sempre pintado de novo, na aparência, mas sempre igual por dentro: a perícia enganosa do príncipe que acorrenta a este mundo. A graça do Natal é sempre nova e renovadora e não engana, mas impele sempre à verdade. Há que a “desembrulhar” com coragem, porque já é Presente!

[Oração] Sal 83 (84)

[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo

%d bloggers gostam disto: