No tesouro da Cruz, Maria ofereceu Tudo O que possuia

[Leitura] Ap 14, 1-3. 4b-5; Lc 21, 1-4

[Meditação] Não costumo interromper a sequência da leitura contínua do Leccionário quando aparece no calendário litúrgico uma memória obrigatória (MO), mas unicamente quando se insere uma festa (F). Por isso, quis ousar o caminho de Lucas para falar da Apresentação de Nossa Senhora. Não esquecendo que no caminho em direção à cidade onde ia ser entregue (Jerusalém), depois de ter passado por Jericó, ainda é defrontado pelos saduceus que negam a ressurreição dos mortos, para falar de uma viúva que, no Reino eterno, é filha de Deus e irmã de todos.

No texto de hoje — depois de do excepcional avanço na história para celebrarmos a Solenidade de Cristo Rei evocando a cena da Paixão — voltamos a recuar um pouco para contemplar a cena que nos mostra uma viúva a deitar na arca do Tesouro, não o que lhe sobrava, mas tudo o que tinha. Bem serve de referência para a contemplação de Maria, supostamente já viúva de José, a entregar tudo o que tinha — Jesus — no tesouro da Cruz. Maria faz parte daqueles «que seguem o Cordeiro para onde quer que vá que Ele vá… resgatados de entre os homens como primícias oferecidas a Deus e ao Cordeiro». A irrepreensibilidade de Maria faz com que a Sua Apresentação sirva para nós de exemplo, para, enquanto conquistamos a liberdade pelas sendas da prática da Palavra, gradualmente nos apresentarmos diante de Deus com tudo o que temos e somos.

[Oração] Sal 23 (24)

[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo

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