Sigamos para a árvore da vida, não nos colemos à da ciência do bem e do mal!
[Leitura] Ap 1, 1-4; 2, 1-5a; Lc 18, 35-43
[Meditação] No início do Livro do Génesis, está descrita a existência da árvore da vida no meio do Jardim, onde também está a árvore do conhecimento do bem e do mal (cf. Gn 2, 9b). Muito se falou desta, em detrimento daquela. Porque será? Por haver pouco que dizer? Porque o capítulo 3 deste primeiro Livro da Bíblia desenvolve o problema do pecado? Quando a plenitude da graça divina passa por nós, como não gritar pela vida?
Antes de ir para Jerusalém dar o máximo testemunho de amor por nós, Jesus passa por Jericó. O seu cortejo surge, assim, como um caudal de água viva que passa por aquelas ruas. Um cego, “plantado” à beira do caminho sente os rumores desta passagem e questiona o que será. Ao aperceber-se da riqueza que passa por ali, certamente largando os seus anseios e medos, grita por Jesus, que sabe ser Aquele que vem para fazer reinar a justiça. Pede-Lhe que veja e segue-O.
Quanto no mundo é preciso uma evangelização positiva por parte da Igreja, não deixando de mediar o fosso entre a vida e a árvore da ciência do bem e do mal — onde uns não vivem por serem escrupulosos e outros sucumbem no diálogo com a “serpente” —, mas, como Jesus fazia, levando a todos para junto da árvore da vida que é a sua Cruz redentora. Na verdade, é preciso regressar à importância da revalorização da Palavra e dos Sacramentos como gestos proféticos que mudam a sociedade, mais do que meramente uma pregação à base do moralismo infecundo ou uma pastoral feita de ativismo humanista (não humanizador). Na vida cristã, peçamos a Deus que nos ajude a ver o Luz que é Jesus, não nos deixando distrair com o brilho que confunde.
[Oração] Sal 1
[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo