A vedadeira alegria é de quem acolhe a misericórdia!
[Leitura] Filip 3, 3-8a; Lc 15, 1-10
[Meditação] Passa-se a primeira metade da vida a buscar, pelo menos psicologicamente, reconhecimento exterior, quando o que mais alegria dá (descobre-se mais na segunda metade) é a paz interior. Quando alguém se perde ou perde alguma coisa importante, o seu coração começa a “latejar” sofrendo pelo apego que tem ao que habituou a gostar.
Quando fala aos Filipenses, Paulo fala de um culto novo que leva o coração a circuncidar-se pelo desapego às coisas mundanas. Para ele, não basta ser cidadãos na terra com tudo o que isso implica. Se isso bastasse para a sua glória, tinha ficado na sua “irrepreensibilidade” de hebreu. Mas não. É preciso considerar todo o passado como perda, para conseguir alcançar uma glória diferente que depende do conhecimento de Cristo Jesus.
A alegria cristã não vem de fora, mas de dentro. Exprime-se quando o conhecimento do amor de Deus invade a alma e a sacia, independentemente da fragilidade humana. O cristão não é meramente irrepreensível a cumprir os valores do Evangelho, mas, para que isso possa acontecer, tem de ser irrepreensível a aceitar o perdão de Deus e o Seu amor diante das fragilidades humanas. É do coração contrito (“circuncidado”) que vem a verdadeira alegria!
[Oração] Sal 104 (105)
[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo