O Batismo é um fa(c)to que se recebe de graça e se amplia com a atitude

[Leitura] Ef 3, 14-21; Lc 12, 49-53

[Meditação] Quantas conjeturas acerca do Batismo nas circunstâncias atuais: é porque a criança não sabe o que faz ou porque os pais não são casados pela Igreja, ou porque a mãe é solteira, ou porque os padrinhos não são idóneos, ou porque é em adulto que se deve decidir… e as questões não caberiam aqui. A questão de fundo do Evangelho de hoje poderia ser posta nestes termos: Estamos prontos (os próprios batizandos ou seus pais e pradrinhos) para acolher este Sacramento como dom do amor do Pai em vista a sermos capazes do anseio de o realizar até às suas últimas consequências como o Seu Filho?

No “adro” da vida da fé é que se devem colocar este tipo de questões para, na hipotética tentativa de resolução de futuras crises de fé, não sermos surprendidos por questões como: Sabes porque foste batizado? Informaram-te que o Batismo só sobrevive através uma justa resolução de problemas reais com uma sã ansiedade? Etc. Etc.

Mais do que à preparação, que nunca será total (nunca dará a maturidade toda) e à celebração, penso que deveria ser dada mais importância ao acompanhamento num processo catecumenal que liga a mistagogia (explicação gradual do mistério) da fé à decisão prática por uma vocação específica, onde o Batismo é como um rio que encontra o seu mar. Até lá chegar, entre o “leito” familiar e comunitário ao profundo mar da entrega, surgem as ondas do mundo, onde o drama da experiência, entre a docilidade e as resitências pessoais, esculpe a bela e irrepetível pedra precisosa que é cada ser humano crente.

[Oração] Sal 32 (33)

[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo

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