Caridade na Verdade: praticar o Bem sem omitir a Lei
[Leitura] Gal 5, 18-25; Lc 11, 42-46
[Meditação] Lamento observá-lo, mas a Palavra não o deixa acorrentar dentro de mim: alguns economistas e políticos fazem-me lembrar os dois grupos hoje retratados no Evangelho. Poupam-se uns aos outros e enchem-se de privilégios, enquanto fazem cair na carteira dos mais pobres a pesada fatura do desenvolvimento social. E quem se sentir insultado que me perdoe de não investigar ainda melhor sobre esta causa da defesa da justiça social.
Esse tipo maquiavélico de legisladores “marqueses” está mesmo a pedi-las, quando a carapuça lhes cabe. E Jesus não lhas poupa, porque sabe estar naquela parceria concupiscente a origem de toda a corrupção: fazer passar por caridade o que nem sequer é justiça (sinceramente, mete-me impressão a “caridade” feita em troca de um recibo de donativo). No que diz esta afirmação cabe também a “tampa” daqueles sepulcros que servem de “epitáfio” àqueles mortos-vivos que não deixam viver bem os vivos-que-morrem.
O cumprimento das leis ainda deixa tempo para se praticar a caridade. E a realização desta levará a quem a pratica a não deixar nenhum “dízimo” de fora, desde que “a mão esquerda não saiba o que faz a direita” (Mt 6, 3). O melhor contrabalanço de tal dízimo na balança da (in)justiça é, pois, a esmola dada, sem se esperar nada em troca, aos pobres.
[Oração] Sal 1
[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo