Bendita a obra-de-misericórdia, irmã da bem-aventurança!
[Leitura] Gal 1, 13-24; Lc 10, 38-42
[Meditação] Por vezes, sobrevaloriza-se tanto o zelo para com as coisas “cá de baixo” que não se reserva nenhum tempo para o que é essencial, incluindo o descanso que permite contemplar Deus a partir das coisas criadas. Foi por isso que o Papa Francisco, em união com os irmãos e irmãs ortodoxos e com a adesão de outras Igrejas e Comunidades cristãs, no primeiro de setembro, Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, no âmbito do Ano Jubilar da Misericórdia tomou a liberdade de acrescentar uma oitava obra de misericórdia complementar à lista das obras corporais e espirituais. Ei-la:
8ª obra de misericórdia corporal: Cuidar da criação (deixar um mundo melhor às gerações futuras, zelando pela Criação, nossa casa comum);
8ª obra de misericórdia espiritual: Louvar a Deus pela Criação (agradecer a Deus a obra da Criação, fazendo da natureza um santuário de Deus).
O cuidado da casa comum era algo que as irmãs Marta e Maria sabiam fazer, quais “braços” corporal e espiritual desta oitava obra de misericórdia, cujo coração é habitado por Jesus. Saibamos imitá-las num espírito de comunhão expressiva, em vez de as compararmos indeterminantemente. Creio ser este o testemunho das fraternidades fundadas pelo poverello de Assis que inspira o pontificado do nosso atual Papa.
Louvado sejas, Senhor, pela oitava obra de misericórdia de Francisco! Com o número oito ficam mais parecidas com as bem-aventuranças: menos lei estagnante, mais caridade esperançosa.
[Oração] Sal 138 (139)
[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo