Nas réplicas da tempestade, o que dá (c)alma é a Palavra da Verdade

​[Leitura] Job 38, 1. 12-21; 40, 3-5; Lc 10, 13-16

[Meditação] Como seguidores de Jesus e em vista a sermos cada vez melhores discípulos, interessa uma adesão à totalidade do Evangelho, dado que participar na Sua missão não admite particularismos seja em que módulo for. Talvez tenha sido por isso que homens sábios como Jerónimo se tenham “primeiriado” à tradução da Bíblia (no caso dele a famosa Vulgata). Na verdade, com o perigo do ativismo, é muito fácil cairmos no vazio, se não nos deixarmos acompanhar todos os dias com o “bastão” da Palavra, para uma missão mais centrada em Jesus e no seu projeto do Reino.

Penso que ainda não fizemos o suficiente para que a Palavra de Deus esteja no início de todas as nossas ações. A título de exemplo, foi este um dos propósitos do Sínodo da Diocese de Viseu: iniciar qualquer tipo de atividade com a leitura da Palavra e Deus, para uma renovação mais eficaz. É a Palavra que nos faz sentir beneficamente pequenos diante das maravilhas do Senhor. De que nos valerá replicar palavras humanas sem a atenção preliminar ao poder da Palavra de Deus “falada” pelas Suas obras? O palavreado é inútil, uma vez que as nossas boas obras é que devem replicar a Palavra.

Sempre que a vida e o nosso desempenho nos parecerem imersos em tempestades, é hora de dar os ouvidos do coração à Palavra em jeito de penitência, para não nos desviarmos do caminho da eternidade. Para isso, servem-nos as mediações que são os nossos irmãos mais velhos na fé, como São Jerónimo, que tornou vulgar o acesso à Sagrada Escritura para os seus contemporâneos. Respondamos ao mesmo desafio, lançado pelo Papa Bento XVI na Encíclica Verbum Domini, de fazermos acessível a Boa Nova aos do nosso tempo, para que possamos todos acolher Aquele que o Pai nos enviou e, por Ele, sermos salvos.

[Oração] Sal 138 (139)

[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo

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