Em Jesus, basta o fazer e o dizer em sinergia total
[Leitura] Co 11, 9 – 12, 8; Lc 9, 43b-45
[Meditação] É curioso que os que admiravam Jesus eram motivados pelo que Ele fazia, mais, porventura, do que por aquilo que Ele mesmo dizia, uma vez que a sua mensagem era simples e a apontar o Reino que não é deste mundo. Como sabemos, rejeitava os títulos e as honras que O distraíssem da sua missão. Contemplo esta postura do Mestre no Papa e nos Bispos, de quem, por vezes, as multidões de hoje admiram mais, também, o que eles fazem do que o que dizem. Exemplo nítido disso foi, para as multidões de jovens, o Papa João Paulo II.
Ainda mais curioso, para quem contemplar Jesus mais de perto, pela imitação, na ação que tenta pôr a Sua Palavra em prática, é perceber que o que o Evangelho nos relata do que Ele fez está em perfeita união com o que disse. Isto faz-nos pensar, nos dias de hoje, no “achismo” que não leva a lado nenhum, como as grandes reuniões nas Organizações internacionais com grandes pareceres e discursos, mas com poucos resultados práticos quanto à missão que deveriam urgentemente levar à prática.
«Vaidades das vaidades» como protagoniza Coelet, pode ser tudo o que é discurso que não leva a nenhuma prática ou aprendizagem. “Falar menos e fazer mais” ou “muito ajuda quem não atrapalha” como diz o povo sábio, sendo que quem não sabe “meter a mão na massa”, também não vale a pena aparecer com discursos bem intencionados. A boa intenção tem de ser ação comungada, para o benefício de não haver divergências na prática, mesmo que as haja na teoria. Dizem que uma boa teoria leva a uma boa prática; para o cristão a Palavra basta, requerendo-se, a partir da sua boa compreensão, o desenvolvendo de uma sinergia entre o que fazemos e o que ouvimos do Evangelho. Quando os místicos dizem que «só Deus basta» (Santa Teresinha, etc.), talvez queiram dizer-nos que o que Ele disse e fez em Jesus basta. Imitêmo-l’O da melhor forma possível!
[Oração] Sal 89 (90)
[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo