A alegria cristã afasta do pecado que amarra à solidão
[Leitura] Ex 32, 7-11. 13-14; 1 Tim 1, 12-17; Lc 15, 1-10 [fórmula breve]
[Meditação] O ser humano comete muitas injustiças ao tentar aplacar a ira subjetiva de falsos deuses. Por isso, é útil subir, como Moisés, ao monte onde se pode encontrar com o verdadeiro Deus. Mesmo assim, a imagem de Deus pode ser sempre purificada pelo diálogo conciliador que, infinitamente longe de mudar a vontade de Deus, leva o homem a mover-se livremente na direção do caminho por Ele traçado para seu real bem. Por isso, qualquer religião sem a adesão a um bom mediador é como um peregrinar no deserto sem uma bússola. Para se chegar a bom porto, urge relativizar o ponto de partida para se deixar guiar em direção ao ponto de chegada.
Os fariseus e os escribas fecharam-se num absoluto ponto de chegada sem partida para lado nenhum , vivendo de forma triste e solitária o céu criado por eles na terra; os pecadores aguardam Quem lhes indica o ponto de partida para a festa que, com a mudança de direção, já começa na terra, mas que culmina no céu.
Não há solidão que, se não for bem resolvida, não resulte em descrença e não há descrença que, se não se deixar iluminar pela fé em Jesus Cristo não venha a resultar em ignorância. Por isso, atesta Paulo que alcançar misericórdia é, antes de mais, deixar-se encontrar por Cristo, pois só n’Ele é que reside a alegria plena que restitui à comunhão com os irmãos na terra e com os santos no céu.
A alegria cristã é consequência do encontro com a misericórdia de Deus.
[Oração] Sal 50 (51)
[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo