«Dar o alimento em tempo oportuno»: o elogio da vigilância prestável
[Leitura] 1 Cor 1, 1-9; Mt 24, 42-51
[Meditação] Nitidamente, dois temas da Liturgia da Palavra de hoje são a vigilância e o serviço, apontadas como atitudes fundamentais para os discípulos de Jesus. É útil relacionarmos sempre estas duas atitudes, pois uma sem a outra podem perder a sua utilidade, mesmo sendo que aparentemente pias. Vigilância sem o serviço é espiritualismo desencarnado; serviço sem vigilância é ativismo incrédulo.
Sejamos realistas: de que valeria guardar uma casa com o intuito só de a guardar para si, sem a partilha dos bens e o acolhimento aos irmãos? A mesma consideração serve para os dons que Jesus coloca na “casa” interior de cada um de nós! De que nos serviria, por outro lado, andar a servir de um lado para o outro, a querer servir a todos, perdendo-nos em servilismos sem a orientação do Mestre. Não valerá de muito ser fiel a Deus e ser infiel à humanidade e vice-versa. Provam-no as palavras do Papa Francisco.
O testemunho do Apóstolos Paulo é uma síntese bem acontecida do Evangelho, desde a fidelidade ao Ressuscitado até ao enriquecimento dos irmãos a quem anunciou a Boa nova, assomando a vantagem da missão em solidariedade com o irmão Sóstenes, de forma a dar firmeza ao testemunho de Cristo nos seus destinatários de Corinto. A atitude de Paulo foge do “plágio” do servilismo, uma vez que dá provas de que o que faz não desmente a sua divina Origem, mas também dá garantias da mesma fé que se anunciou. É testemunho autêntico, o daquele/a que cumpre a vontade de Deus sem descurar o dar aos irmãos “o alimento oportuno”.
[Oração] Sal 144 (145)
[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo