«Não vos alegreis porque… alegrai-vos antes…»: o discipulado à frente da missão

moneyhabitsthatseparatetherichfromthepoor[Leitura] Is 66, 10-14c; Gal 6, 14-18; Lc 10, 1-12. 17-20

[Meditação] É no seguimento que Jesus propõe aos seus discípulos a alegria que, na missão, levará e também estará na celebração da eficácia. Lá terá a Sua razão de ser: se nos alegramos por resultados imediatos, na hora em que esse sucesso não acontecer a missão corre o risco de acabar ou arrefecer. Se a alegria é um pressuposto, ela provoca o seguimento e, colateralmente, ajuda a promover a missão. Discípulo-missionário, como o Papa Francisco define, são as duas faces da mesma medalha do ser cristão.

Por outro lado, o objetivo da missão de Jesus é mais elevado, o seu horizonte é mais longínquo: habitar os Céus, onde já se encontram escritos os nomes de quem se decide por segui-Lo. Na verdade, quem espera viver 150 anos? E como se programa viver os 80 anos (se robustos uns 90 ou 100!) sobre esta terra? Não serão uma grandíssima oportunidade para preparar a vida do Reino, que está perto?

O anúncio de que «está perto o Reino de Deus» é a mensagem dos discípulos que o Mestre envia à sua frente, como que para avisar que Ele está próximo para realizar a Palavra que eles transportam «em vasos de barro» (cf. 2 Cor 3, 7). Esta sinédoque (Jesus e o Reino) pode muito bem ser o segredo da epopeia dos discípulos. Aparentemente, o relato de Lucas dá a impressão de que Jesus não se moveu, ficando a contemplar tudo de longe e enviado os setenta e dois com aquelas recomendações precisas para o sucesso da missão. Tudo indica, porém, que é Ele que realiza a missão, deixando que os seus discípulos experimentem o poder que lhe é posto na “sacola” da sua indigência. Na verdade, nas proximidades do Reino de Deus, é mais sábia e eficaz a indigência dos discípulos do que os sucessos extraordinários da missão.

[Oração] Sal 65 (66)

[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo

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