[Leitura] Sir 39, 8-14 (gr. 6-11); Mt 5, 13-19
[Meditação] Santo António é conhecido no mundo inteiro, não meramente porque sabia interpretar bem a Palavra de Deus na pregação, mas também, e sobretudo, no sentido de a traduzir numa coerente justiça e autêntica caridade que lhe conferia credibilidade. Pois é desta que o mundo precisa e foi para que o mundo acreditasse no Filho de Deus que, por palavras e sinais, Ele anunciou o amor e realizou grandes maravilhas. É bom, pois, que a celebração da popularidade do Santo não esconda este núcleo de verdade que lhe custou, como a Nosso Senhor, o preço de uma entrega pessoal, através de um martírio branco prolongado e eloquente.
Santo António é conhecido, também, como “casamenteiro” pela fama que tem no sucesso da união entre os esposos que invocam a sua intercessão. Não o seria, certamente, se não tivesse sabido e querido, também, “casar” a prática do bem com o que ensinava em palavras, na realização do seu sonho de dar a vida pelo Evangelho de Jesus Cristo. O mundo precisa de casamentos assim, baseados na coerência do sal e na autenticidade da luz, não alicerçados na euforia de um amor que se esvai à primeira onda de sofrimento, mas num amor que se projeta na história e defende diante de todas as intempéries.
“A alegria do amor” que o Papa Francisco escreveu como fruto do Sínodo sobre a Família, é feita de “sal” e de “luz”, sugerindo que as famílias sejam profetas de um mundo novo, onde, desde já, na Igreja, se pode fazer a experiência do Reino.
[Oração] Sal 18 B (19B)
[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo