Obedecer é permanecer no amor
[Leitura] Act 1, 15-17. 20-26; Jo 15, 9-17
[Meditação] Na língua portuguesa, a palavra “obediência” é utilizada frequentemente para a casuística normativa, no sentido de acatamento de ordens às quais é preciso assentimento da vontade e cumprimento prático. Os ingleses evoluíram mais um pouco, utilizando as três palavras “will”, “willing” e “willingness” para designar a gradualidade na maturação na vontade humana no que toca à abertura e realização do que lhe é proposto como valor.
No Evangelho, quando Jesus nos convida a permanecer no seu amor, não tem outra finalidade que a de nos tirar da mera escravidão de quem serve ao cumprir normas, para nos acolher na relação de amizade que se refere mais a um estilo de existência capaz de nos transportar para o universo da sua família divina. Talvez tenha sido por isso que os Apóstolos quisessem escolher para sucessor de Judas (que desesperou por não ter percebido o alcance da sua oferta de amizade, ficando-se pelo papel de um mau porque interesseiro servo) um entre dois que tenham acompanhado o Mestre desde o início.
Isto deixa-nos a pensar em como deveríamos avaliar a pedagogia na escola de fazer discípulos missionários que é a Igreja: fazer cumprir leis primeiro e pensar que a amizade a Jesus virá automaticamente; ou apresentá-l’O como Amigo antes de tudo e ajudar a evoluir gradualmente na prática dos valores do Reino que ele pregou e viveu na primeira pessoa? O amor de Deus é primordial e o convite a amar os irmãos traz consigo o exemplo de como Jesus nos ama. Dá para pensar…!
[Oração] Sal 112 (113)
[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo