À proibição formal dos homens, responde-se com obediência formal a Deus

[Leitura] Act 5, 27-33; Jo 3, 31-36

[Meditação] Eram descontraídos os Apóstolos! Vêmo-los diante do Sumo Sacerdote, novamente, depois de terem tido a experiência da prisão e, como isso não os levou a fechar-se em casa (com medo dos judeus), regressando ao Templo para pregar em nome de Jesus. No episódio de hoje, observamos o termómetro da fúria daqueles representantes do poder do mundo a subir ao seu limite, da proibição formal de ensinar em nome de Jesus até à exasperação que lhes decide a morte.

Lembremo-nos: «quem é da Terra, à Terra pertence e da Terra fala; Aquele que vem do Céu dá testemunho do que viu e ouviu… quem recebe o seu testemunho confirma que Deus é verdadeiro». No Público de hoje, curiosamente, lê-se o reconhecimento que está a ser feito ao cônsul Aristides de Sousa Mendes com o título “Desobediência, gratidão, memória, raízes”. São 50 anos de reconhecimento! E a História não mente quando o apelida de “Justo entre as Nações”. Faz 30 anos que o governo português pediu desculpas à sua família… E 76 anos sobre os 9 dias em que o diplomata ajudou 30 mil pessoas a sobreviver. Não basta isto, para compreendermos que, por vezes, a obediência a homens mata pessoas?

Quando passaremos a obedecer também a Deus, formalmente e com o Espírito que Ele nos concede a quem Lhe obedece? Damos-Lhe algum tempo útil a partir de já ou adiamos a nossa disponibilidade para só para quando formos mais velhos? Em qualquer idade podemos obedecer-Lhe, sendo que o Espírito Santo, que Ele nos concede sem medida, é necessário para discernirmos em quê e como é que Lhe devemos obedecer diante dos poderes do mundo. Alguns destes poderes, como o do cônsul acima referido, merecem a nossa gratidão por serem inspiradores de uma forma de estar em sociedade. Também hoje, entre nós, formalmente ou, até, informalmente, há quem nos vá proibindo de viver a fé de forma expressiva e pública. Não será tempo de “desobedecer” a algumas proibições informais subtis para vivermos, como os cristãos do oriente, atual e descontraidamente, a autenticidade da fé?

[Oração] Sal 33 (34)

[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo

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