A fé, entre a prisão das trevas e a luz do templo
[Leitura] Act 5, 17-26; Jo 3, 16-21
[Meditação] Lendo aquém e além das grades em que os Apóstolos foram presos, reparemos que aqueles que metem na prisão e a guardam é que estão, realmente, “presos” pela fúria e pelo receio da violência, enquanto que os que pregam no templo estão, realmente, livres pela coragem e pela verdade que testemunham. Na realidade, aqui é que se vê bem como a Verdade não se deixa acorrentar.
O episódio dos Atos mostra-nos como a «prisão pública» não chega para acorrentar a fé dos que testemunham Cristo Ressuscitado e a prisão privada dos que não acreditam n’Ele é que nos deve preocupar. Pelo Batismo e pela Vocação cristã (geral e específica), já abrimos as portas à luz do Evangelho que liberta de todas as prisões. É importante manifestar esse acolhimento da fé com as ações que a fazem acreditar.
Assim, compreendemos o que Jesus, hoje, ensinou a Nicodemos: quanto à participação na vida eterna, a “faca e o queijo” estão nas nossas mãos. Deus, que «amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito» já deu tudo; cabe-nos a nós acolher esse dom de verdade, através de ações que manifestem a sua luz. É esta que nos pode libertar das fraquezas que nos prendem verdadeiramente, para podermos pregar seja onde for a Verdade que nos liberta.
[Oração] Sal 33 (34)
[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo