Da rede vazia de Pedro à comunidade consistente de Jesus Cristo

[Leitura] Act 4, 1-12; Jo 21, 1-14

[Meditação] Mesmo depois da Ressurreição, é nítida a mudança de Pedro, de antes para depois do encontro com o Senhor: de uma iniciativa que, apesar da camaradagem laboriosa que envolve, não teve senão insucesso material, até ao testemunho que dá, cheio do Espírito Santo, diante da família dos príncipes dos sacerdotes, da cura realizada em nome de Jesus Cristo.

Não foram só aqueles “adversários” que estavam diante de Pedro a rejeitar Cristo. São, também, os próprios Apóstolos e hoje nós, por vezes, − por desânimo ou tentação − a agir desconsiderando a importância do Seu Espírito e dos dons necessários ao progresso da Vida. Quantas reuniões de pastoral, por mais que espelhem a capacidade de trabalho em equipa, serão desprovidas da Palavra de Deus que indica a melhor margem para a eficiência apostólica?

A Liturgia de hoje sugere-nos que tenhamos a Eucaristia como aquele encontro em que Jesus Ressuscitado nos chama a juntar ao “peixe” da sua presença, pelo menos, alguns dos “peixes” apanhados no agora das nossas vidas, com o auxílio dos dons do Espírito Consolador. E a Igreja parece ser aquela “rede” que não rebenta, apesar do número grande de peixes, lugar onde, apesar da vitória da Páscoa, ainda continuamos carentes de uma verdadeira comunhão, cuja consistência só é possível com a ajuda da sua Palavra. Seja o altar da Eucaristia de cada dia (ou do Domingo) a ponte para uma fé mais autêntica no poder do Ressuscitado e uma comunhão mais expressiva no serviço ao mundo.

[Oração] Sal 117 (118)

[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo

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