Sepulcro vazio, seio de uma humanidade recriada

[Leitura] Act 2, 14. 22-33; Mt 28, 8-15

[Meditação] Qualquer soma avultada de dinheiro ou qualquer publicidade enganosa servem, hoje, de engenho para a garantia de uma paz podre que nada tem a ver com a felicidade a que a humanidade aspira do profundo dos corações. Vê-se isso na Europa com o contraditório dinheiro que se gasta na inércia em relação à defesa de valores de raiz e a prática comunicacional a servir de poder judicial de muitas sociedades.

A evidência do acontecimento da Ressurreição de Jesus, que não é um facto fácil de se provar sensivelmente, está testada por outras provas, de entre as quais o testemunho dos crentes até ao derramamento de sangue. A grande prova está em “morrer” por Cristo e pelos seus, em vez de matar em nome de um Deus que não se conhece (como temos vindo com medo a ver pelos atos de terrorismo atroz).

Mesmo depois da Ressurreição, o derradeiro tribunal continua a ser, não o Pretório de Pilatos, mas a corrupção enganosa dos poderes sem rosto que maquinam uma paz virtual em favor dos objetivos sem horizonte de vida plena. Por isso, os cristãos são chamados a ir à procura, não de milagres imediatos que lhes satisfaçam os seus múltiplos desejos impostos por esta sociedade, mas a deixar-se encontrar pelo Ressuscitado, como as Marias que não ficaram a olhar ininterruptamente para o sepulcro vazio, mas que, diante dessa evidência,  se afastaram para retomar o caminho que, na verdade, recria a sua humanidade.

[Oração] Sal 15 (16)

[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo

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