Páscoa: Correr juntos, Ver e Acreditar

[Leitura] Act 10, 34a. 37-43; Col 3, 1-4; Jo 20, 1-9

[Meditação] Fazer a experiência de Jesus ressuscitado é o objetivo da celebração da Páscoa. E a Liturgia pascal ajuda-nos a descobrir o modo, nas três palavras retomadas do Evangelho segundo São João: “corriam os dois juntos” e “viu e acreditou”. De facto, o encontro com o Ressuscitado não é algo que possa ser percebido sem a mediação da comunidade, embora o encontro com Ele possa acontecer individualmente. Portanto, fazer a experiência de Jesus ressuscitado depende, em última análise, de estar no sítio certo à hora certa com as pessoas certas, quando Ele se quiser manifestar e a pessoa quiser perceber essa manifestação.

Não é surpresa que as grandes e profundas manifestações de testemunho de fé no Ressuscitado aconteçam como manifestações de grupo, nomeadamente, em ambientes de perseguição aos cristãos. Na verdade, para quem se afeiçoa às coisas do alto, nada do que é de cá de baixo mete medo. Esta será uma das grandes provas de que Cristo está vivo: a fé viva e a força de O professar, que vêm d’Ele.

Haja, pois, anúncio feito de relatos como o do Apóstolo Pedro (já reabilitado pelo amor a/de Cristo ressuscitado) e não só de refrães repetidos e de água benta. Falam mais de Páscoa as experiências de vida transformada pelo poder do Ressuscitado. Penso ser este o pensamento do Papa Francisco partilhado na Evangelii Gaudium. Que o “acreditar” pascal seja não só profissão de fé, mas dar crédito a partir das escolhas que se fazem, para que outros possam perceber, na vida prática, que Ele vive também nos cristãos.

[Oração] Sal 117 (118)

[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo

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