O testemunho que não ilude

[Leitura] Dan 13, 1-9.15-17.19-30.33-62; Jo 8, 1-11

[Meditação] Jesus dá testemunho da sua relação com o Pai junto à sala do Tesouro. Este facto inspira-nos a concluir que o mais precioso bem é a união com Deus Pai em Jesus Cristo. A primeira leitura da profecia de Daniel mostra-nos a história de Susana. O enredo faz-nos pensar no Evangelho deste V domingo da Quaresma e nos pecados escondidos daqueles que queriam condenar a mulher adúltera. Susana era inocente e Daniel consegue, com a sabedoria que vem de Deus, provar a sua inocência. O perdão de Jesus vai mais além: perdoa a quem deseja unir-se a Deus para fugir das trevas que levam à prática do mal, à condenação de inocentes e à absolvição de culpados que querem continuar longe de Deus.

Infelizmente, a mentira está muito presente neste mundo e esconde-se, frequentemente, por detrás de leis injustas que, por sua vez, são a máscara dos que tiram proveito da sua situação de (falso) poder. É, de facto, de todos sabido que há pessoas a quem é imposto um castigo por ações de pouca monta, enquanto outros são “absolvidos” por uma (in)justiça lenta e impermeável à verdade.

Hoje é, também, muito fácil a ação de julgar segundo as aparências. Nem sempre se tem o cuidado de perceber, tanto quanto é possível, o que vai no “tesouro” que é o coração humano, onde as razões de todas as ações, boas e más, dão origem às suas correspondentes decisões práticas. Requer-se, pois, no caminho para a Páscoa, uma grande abertura à luz que Deus que está em Jesus. Ele é a Verdade que nos pode ajudar a ver a claridade das motivações que leva os homens a agir desta ou daquela maneira. É o diálogo pessoal, e não uma mera opinião de uma multidão, aquele que permite recolher os dados para um justo discernimento.

[Oração] Sal 22 (23)

[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo

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