A infidelidade é chão onde Jesus reescreve o futuro com o perdão
[Leitura] Is 43, 16-21; Filip 3, 8-14; Jo 8, 1-11
[Meditação] Hoje… agora mesmo… toda a humanidade… é chamada a saber que a porta para uma vida nova está aberta. Basta acreditá-lo e aceitar. No entanto, não é fácil… mas é possível o que parece impossível. Jesus conhece o contexto do nosso pecado e sabe o texto que pode reprogramar a nossa liberdade perante o mal. Aquela mulher adúltera é colocada no centro das atenções, tirando a atenção dos pecados daqueles que a acusam. Naquele contexto legal, a sentença é a morte. No guião de Jesus, uma solução divina ajuda a redesenhar o futuro… com o perdão.
No chão, ali, diante daquela mulher pecadora, é como se Jesus traçasse uma linha a dizer: a justiça humana tem limites, termina aí! Faz com um gesto o que diz a profecia: «Vou realizar uma coisa nova, que já começa a aparecer, não a vedes?». Na verdade, no espaço entre Jesus e o pecador, ninguém invade, apesar de entre o pecador e o seu futuro se intrometer o pecado. Mas este tem solução, basta, como diz o Papa Francisco, “um desejo de arrependimento” (cf. O nome de Deus é Misericórdia).
O testemunho vocacional do Papa Francisco mostra-nos, precisamente, como ele se sentiu escolhido pela misericórdia, saindo da experiência do Sacramento da Reconciliação esclarecido sobre o seu futuro com esperança. Repetidas vezes se declara pecador e necessitado da nossa oração. Esta experiência, como a do Apóstolo Paulo, é um convite a deixar as coisas do passado que nos prendem, considerando-as como “lixo”, e a corrermos para alcançarmos Jesus Cristo, o único que pode dar um sentido de plena felicidade à nossa vida. Três modos de corrida interagem na nossa vida: por motivos egocêntricos; por motivos filantrópico-sociais; por motivos teocêntricos. Todos eles se completam, mas unicamente os motivos do amor de Deus em nós e a partir de nós.
[Oração] Sal 125 (126)
[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo