A “soberania” que vence a lepra da incredulidade
[Leitura] 2 Reis 5, 1-15a; Ev Lc 4, 24-30
[Meditação] “Soberania” que vence a lepra da incredulidade é a obediência humilde aos procedimentos da vida da fé, para a qual não é precisa nenhuma carta de recomendação. Basta a aproximação, pois da cura, ninguém se pobre apropriar. Também não é precisa nenhuma “triagem” especial: qualquer mensageiro fiel ao profeta pode transmitir o que pode ser acolhido sem espetacularidade. Vencer-se a si próprio no acesso à vida plena é mais complexo do que vencer uma guerra.
A cura é um caminho de descida e não de subida. Dentro da lógica sacramental, começa no cimo do monte do Batismo que transfigura e termina nos vales do serviço vocacional que se gasta pelos outros. Requer-se o dom da Sapiência, mais do que a capacidade dos sentidos corporais, para uma liberdade só verdadeiramente plena quando se submete só a Deus.
A sabedoria, assim chamada de «sabor», consiste no amor e na contemplação de Deus, o qual sustém o sapiente, ou seja a alma que degusta o sabor do amor (de Deus), mais do que os dez príncipes da cidade, ou seja, mais do que todos os prazeres que possam vir dos «dez» sentidos (dez órgãos sensitivos) do corpo. A sapiência apaga e satisfaz completamente, enquanto o prazer deixa o vazio. A sapiência procura a doçura, o prazer deixa a amargura. Quem serve a sapiência é livre, quem serve o prazer é um mísero escravo. (Santo António, Domingo II depois de Pentecostes, 8)
[Oração] Sal 41 (42)
[ContemplAção] Em: twitter.com/padretojo