Paulo, um filamento que se deixou incandescer pela Palavra

[Leitura] Act 22, 3-16 ou Act 9, 1-22;Mc 16, 15-18

[Meditação] Sabemos que Saulo não estava vazio quanto à Lei, sendo seu fiel guardião. Estava longe era de imaginar, mas perto de ver (no caminho de Damasco) o que o Espírito era capaz de lhe mostrar sensivelmente: a luz do rosto e a voz de Cristo. A experiência de Saulo no caminho de Damasco pode ajudar-nos a compreender, num crente, a diferença entre o pertencer a uma Igreja por mero respeito pela tradição e o deixar-se transformar pela luz da fé que essa Igreja transmite fielmente. Na vida da fé, podemos estar na Igreja como dentro de uma lâmpada elétrica: o invólucro de vidro significa o espaço da Igreja onde nos sentimos seguros com as regras que nos organizam; nós, com o conhecimento que temos das escrituras, representamos o metal dos filamentos aguarfando ser agitados pela eletricidade; a Luz é o efeito incandescente que a Palavra do Senhor provoca na lâmpada através dos seus filamentos (nós).

Serve esta imagem para ilustrar a vida de Saulo, como a vida de todos os crentes que só guardam, mas não se deixam incandescer pela Luz contida na Palavra de Deus. Para que possamos viver a “nova doutrina” do Reino, é necessário deixarmo-nos encontrar por Jesus Cristo, deixando de perseguir os que não parecem cumprir e sendo “filamentos incandescentes” do amor de Deus que atrai para a salvação.

Se do nosso lado há um “interruptor” ele é entre o “acreditar” e “não acreditar”; não será tanto entre o “cumprir” e “não cumprir”. Os milagres acontecem como efeito de ficarmos expostos ao poder dessa Luz que tudo esclarece na nossa vida. Será este o sentido que o Papa Francisco põe nas suas palavras ao convida a Igreja Católica a não ser “alfândega da fé”, mas como “samaritana” num “hospital de campanha”: a aquecer os corações feridos com o amor de Deus que sara.

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