Na seara do Senhor, espiga madura é um coração livre
[Leitura] 1 Sam 16, 1-13; Mc 2, 23-28
[Meditação] Quando se argumenta contra qualquer tipo de libertinagem que destrói a verdadeira liberdade humana, nem sempre se escolhem argumentos isentos de um certo farisaísmo. Vejamos Saul: quis reinar a seu modo, sem obedecer à Palavra do Senhor. E o que é que Este faz? Não demora a substituí-lo por um que Lhe seja mais dócil. Talvez ele tenha dado excessiva importância às suas qualidades exteriores, quando para Deus importava mais a docilidade interior. É no olhar sobre esta que muitas vezes a defesa da “liberdade” se obscurece, dando-se mais relevo à apresentação ou aos requisitos protocolares, do que à verdade escondida por detrás da aparência.
David não estava no sacrifício com que Samuel purificou Jessé e os seus outros filhos. No entanto, é o escolhido pelo Senhor para ser ungido como rei. Qual deles teve uma mais «agradável presença» aos olhos do Senhor? Os desígnios do Senhor não se deixam fechar nem catalogar por ritos e adornos externos, ainda que os mínimos sejam necessários e exigidos para a unção.
Muitas vezes, penso no tempo que gasto como cerimoniário na construção e preparação de celebrações. Dou conta que as rubricas descrevem mais o que se deve passar no exterior do que o espírito com que se deveria celebrar o Mistério. Ainda bem que a Homilia do que preside compensa e liga tudo: Palavra, Mistério e Vida. Também, pouco se diz da ligação que a Liturgia deveria ter com o passado e o futuro. Enfim, são ações do Senhor onde poderíamos colher sem preconceitos e legalismos, os dons que se auferem para a transformação das pessoas e do mundo. Pois, tudo foi feito para o homem. Assim nos diz o Senhor de tudo!
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