O cerimonial simples da realeza misericordiosa

[Leitura] 1 Sam 9, 1-4. 17-19: 10, 1a; Mc 2, 13-17

[Meditação] Na liturgia de hoje, contemplamos o ritual da unção de Saul, na sala de cima em que foi convidado a comer com Samuel, depois de se perder à procura das jumentas, acabando por ser visto por Samuel e escolhido por Deus para ser o novo rei do povo hebreu. O “jumentinho”, a “sala de cima” e a “unção com óleo” foram os símbolos que caraterizaram a ação de Jesus, respetivamente, na simplicidade com que se aproximava dos mais pobres e dos pecadores, da alta consideração em que tinha os marginalizados pelos escribas da Lei e o chamamento que lhes fazia para participarem numa vida nova.

Estava na cara, à vista de todos, que Saul era “jovem e belo”, do qual ninguém se podia comparar, porque nenhum dos seus coetâneos lhe chagava aos ombros. Mas, na nova “realeza” que Jesus veio fundar, a da misericórdia, Ele próprio Se identifica com os mais pobres e com os pecadores, pondo-se ao nível deles. Ele próprio foi ungido com o óleo da alegria, montou na jumentinha que os apóstolos encontraram, ceiou na sala de cima para selar a amizade com toda a humanidade na Ceia definitiva.

Cerimonial simples, o de ambos: o rei dos hebreus e o Rei da eterna misericórdia, que é a glória de Deus! Não sei porque é que, hoje em dia, continuamos a complicar tanto…

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