No início da missão, o chamamento

[Leitura] 1 Sam 1, 1-8; Mc 1, 14-20; PAPA FRANCISCO, Evangelii Gaudium

[Meditação] Jesus, mal iniciou a sua vida pública, com a sua responsável missão de salvar a humanidade, deu-Se conta que as grandes responsabilidades são para serem partilhadas. Hoje em dia, nem sempre é fácil isso acontecer na forma como se assumem responsabilidades para o sucesso seja de que instituição for. Talvez seja por não se querer tanto partilhar também os frutos! Não é assim que Jesus pensa e faz…

A partir das leituras deste dia, entendo o chamamento desta forma: convite pessoal à salvação, antes de ser, mesmo, na ordem lógica (diferente, muitas vezes, da ordem cronológica), uma missão para a comunidade. Que bom seria se a vocação fosse assim entendida, muito aquém do utilitarismo proselitista que muitas vezes se impõe. Frequentemente, como nas histórias de Fenena e Ana, as duas mulheres de Elcana, pai de Samuel, acontece que a pessoa que é, à partida, mais fecunda é a mais ofensiva em relação ao projeto de Deus para com os (aparentemente) débeis. Acontece, hoje, com muitas famílias que, tenham muitos ou poucos filhos, pouco dedicam da sua fecundidade à consagração ao Senhor. Ana, por seu lado, chora a impossibilidade de ser fecunda, de forma que, quando o chega a ser pela graça de Deus, dedica-lhe essa única e determinante prova.

Muitas das nossas atividades e comunidades, por vezes, parecem-nos “estéreis” da novidade que poderia levar a Igreja a ser mais sinal do Reino de Deus no mundo. Talvez seja porque não metemos o chamamento no início da missão. Talvez sejamos sempre os mesmos a fazer as coisas de sempre. Talvez não queiramos que as coisas nos saiam das mãos, quando, na verdade, as verdadeiramente importantes, não as temos lá. Ana entregou tudo o que tinha ao Senhor. Precisam-se, assim, novas vocações e de novas relações geradas por Jesus Cristo (cf. PAPA FRANCISCO, Evangelii Gaudium).

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